A Volvo Caminhões lança a versão VM City como porta de entrada da marca para o segmento de semipesados (PBT até 23 toneladas). A novidade é voltada para a distribuição urbana e regional. A montadora também anuncia novos equipamentos para a linha 2021 do pesado FH.

Segundo a Volvo, o VM City vem preencher uma lacuna de mercado carente de caminhões mais robustos e eficazes na entrega urbana, que transporta diferentes tipos de carga.

Nesse grupo estão empresas que atuam em segmentos do varejo, desde pequenos comércios ou mercados a lojas de materiais de construção e distribuição de alimentos.

O modelo pode ainda ser usado como veículo de apoio no serviço de “leva e traz” de artigos variados.

O VM City possui cabine curta, uma vez que as operações ocorrem em trechos curtos e durante o dia, sem a necessidade de o motorista dormir no veículo, explica Jeseniel Valério, gerente de Engenharia de Vendas de caminhões Volvo.

VM City com motor de 270 cv

O VM City está disponível nas configurações 4×2 e 6×2, com duas distâncias de entre-eixos: 3,65 metros ou 5,15 m. Com isso, ele consegue atender diferentes tipos de implementos, do baú às caçambas.

Além disso, o eixo traseiro é de dupla velocidade, dando flexibilidade ao caminhão para rodar tanto dentro quanto fora da cidade.

Ele vem equipado com o já conhecido motor de 270 cv da MWM, que se destaca pelos bons números de economia de combustível. A transmissão é manual de seis marchas.

De série traz faróis em led, volante multifuncional, computador de bordo e banco do motorista com suspensão a ar, o que significa mais conforto ao trafegar por pisos irregulares, comuns no ambiente urbano.

Ar-condicionado é opcional no VM City

A cabine é construída no conceito de célula de sobrevivência – presente em toda a linha da Volvo – e para-choque dianteiro com barra anti-intrusão para veículos.

Já na lista de opcionais estão ar-condicionado, o segundo banco para o passageiro e preparação para tomada de força.

A Volvo foi a marca que mais cresceu no segmento de semipesados no ano passado e mantém um bom desempenho em 2020, com um crescimento de 29% sobre o mesmo período do ano anterior, mesmo com o cenário adverso do momento. Para se ter uma ideia, o mercado em geral encolheu 12% nos primeiros meses deste ano.

Projetamos esse caminhão para atender tudo o que os transportadores com operações de tiro curto, dentro das cidades ou de distribuição regional, precisam.

Alcides Cavalcanti, diretor Comercial de Caminhões Volvo

Linha FH mais econômica e segura

A Volvo também atualizou a linha 2021 do FH. As versões 4×2 e 4×6 passam a vir com entre-eixos de 3,50 m como padrão, acompanhado de série de defletores laterais de ar para melhorar a aerodinâmica entre cavalo-mecânico e carreta, resultando em maior economia de combustível.

Já havíamos conquistado até 10% de economia de combustível com a introdução da tecnologia da aceleração inteligente Volvo no ano passado. Agora, na combinação desse entre-eixos e os defletores laterais, os FH 460 4×2 e 6×2 pode somar, dependendo da operação, até 2% a mais de economia, além daquele ganho anterior.

Clóvis Lopes, gerente Comercial de Caminhões Volvo

As opções de entre-eixos 3,20 m e 3,60 m continuam disponíveis para o FH 460 6×2. Mas, nesse caso, o defletor lateral de ar vira item opcional.

Para as opções nas quais a carreta ultrapassa a altura da cabine, a Volvo oferece o defletor de teto como opcional.

Já as versões intermediárias do caminhão incorporam luzes de frenagem de emergência, sensores crepuscular e de chuva e luzes “três marias”, que aumentam a visibilidade noturna do veículo em aclives.

O FH é empurrado por motores de 420 cv, 460 cv, 500 cv e 540 cv, sempre conectados à transmissão automática i-Shift de sexta geração. O modelo está disponível também nas configurações 6×4 e 8×4.

Toda a linha F (e aí inclui a FM e FMX) agrega novas configurações em relação aos pacotes de acabamento e uma série de opcionais para que o cliente consiga montar o caminhão conforme as suas necessidades.

Liderança Volvo entre os caminhões

A Volvo aproveitou o anúncio das novidades, feito via online à imprensa especializada, para divulgar os dados de vendas do FH. O modelo segue na liderança do mercado de caminhões, de acordo com a Fenabrave (federação que reúne as concessionárias no país).

O pesado ocupa as duas primeiras colocações no ranking de emplacamentos de veículos de carga. Até maio, foram licenciadas 2.041 unidades do FH 540 e 1.457 unidades do FH 460 (somadas todas as versões de eixos de cada modelo), números à frente até mesmo de caminhões médios e leves.

Reajustes nos preços

A montadora informou ainda que fez reajustes de preços no portfólio da linha 2021 que variam de 8% (VM) a 12% (FH). O aumento visa compensar os impactos da pandemia do coronavírus.

Apesar de crescer nas vendas de semipesados, a Volvo apresentou queda de 9% entre os pesados. Há ainda a projeção da Anfavea (associação das fabricantes de veículos) de uma retração de mercado entre 30% a 40% em 2020, comparado a 2019.

Segundo Alcides Cavalcanti, diretor Comercial da Volvo, a forte variação cambial, com a alta do dólar, associada à redução do volume produzido e ao aumento dos custos com fornecedores, forçou a empresa a rever os valores dos seus caminhões.

“O aumento dos nossos custos será maior do que o de preços. Mas, precisamos de um nível mínimo de rentabilidade para manter o investimento de 1 bilhão no Brasil nos próximos anos (inclui caminhões, ônibus, motores, equipamentos de construção e serviços financeiros)”, salienta o executivo.

Atualmente, de 25% a 30% dos componentes usados nos caminhões são importados.

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