Falta de revisão no carro é a causa de um em cada três acidentes na estrada

Falta de revisão no carro é a causa de um em cada três acidentes na estrada

Cerca de um em cada três acidentes nas estradas tem como causa falhas relacionadas à manutenção dos pneus, freios, amortecedores, níveis de óleo e de água, além do mal funcionamento de luzes e até mesmo no cinto de segurança. Esse cenário, apontado pelo Instituto Scaringella Trânsito, mostra a extrema importância de realizar regularmente a revisão no carro, principalmente antes de pegar a estrada nas viagens de férias.

Por mais óbvio que pareça, nunca é demais reforçar que freios, pneus, bateria, escape e outras peças e estruturas são essenciais para o bom funcionamento de um veículo. Com eles em dia, motorista e passageiros estão mais seguros, como também quem trafega nas mesmas vias.

Além de evitar acidentes, a manutenção preventiva ajuda a evitar prejuízos inesperados, como gastos com a substituição de componentes danificados pela má conservação. Ou então, por infringir as exigências de conformidade para trafegar previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), de janeiro a agosto de 2022, mais de 150 mil motoristas foram multados por conduzir veículos em mau estado de conservação ou reprovados na avaliação de inspeção de segurança veicular.

A revisão do carro no prazo correto ajuda também no momento da revenda, já que veículos bem cuidados, estética e mecanicamente, atraem compradores com mais facilidade. 

Mecânico revisa o motor do carro numa oficina
A revisão deve ser feita a cada 12 meses, ou 10 mil km rodados. Foto: Divulgação

Revisão avalia a saúde do carro

A manutenção periódica é uma bateria de testes que diagnosticam a saúde do carro. “Nesse momento, é observado o estado de conservação e funcionamento de todos os componentes e sistemas, sejam mecânicos ou elétricos. Existindo falhas ou problemas que possam se agravar no futuro, a oficina responsável fará a substituição preventiva de algumas peças”, explica o gerente comercial da Ford Slaviero, Rogério Lechinski. Ele aconselha que é melhor investir em revisões programadas do que se deparar com gastos maiores em uma manutenção corretiva.

O ideal é levar para a revisão a cada 12 meses ou 10 mil quilômetros. Todavia, esse prazo cai para a metade nos casos de veículos com uso mais severo, isto é, os que rodam constantemente em trânsito lento. “É importante destacar que os planos de manutenção definem prazos específicos também para a troca de determinados componentes, como as velas de ignição”, comenta o gerente.

Saiba quais itens não podem ficar de fora do check-up:

Sistema de escape

Um sistema de escapamento defeituoso pode significar baixa eficiência de combustível, potência reduzida e, às vezes, ventilação inadequada dos gases tóxicos que o motor produz.

Direção e suspensão

Peças de direção soltas, amortecedores ou molas danificadas, montagens ou buchas quebradas ou gastas, e o veículo balançando ou saltando, podem indicar problemas. 

Pneus

Para evitar um pneu furado, é necessário um técnico treinado para inspecionar o alinhamento e os pneus. A inspeção também pode revelar desalinhamento, que diminui a vida útil dos pneus e reduz a eficiência do combustível.

Freios

O sistema de freios é um dos recursos de segurança mais importantes. Mas, como muitas outras peças, ele pode superaquecer caso não tenha sido reparado há algum tempo. É imprescindível certificar que o sistema esteja em ótimo estado.

Itens menores

Apesar de não configurarem problemas estruturais, é preciso atentar para alguns outros mecanismos do carro que podem causar falhas no futuro. Na hora da revisão, o técnico pode verificar os níveis de fluido, como óleo do motor; velas de ignição e filtros de óleo; combustível e ar; carga da bateria; sistema do ar condicionado; faróis e limpador de para-brisa.

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