Inédito City hatch deve virar a porta de entrada da Honda no Brasil
- Renyere Trovão
- 19 de maio de 2020
A Honda está disposta a mudar a sua porta de entrada no Brasil. Em vez do Fit, que subiria de degrau com a nova geração, a aposta mudaria para o inédito City hatch.
É que mostra o pedido de patente no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) feito pela montadora nesta terça-feira (19).
A novidade formaria dupla com o City sedã, numa nova geração que chegaria em 2021. Seria a resposta da Honda à Toyota, que já vende as duas carrocerias por aqui com o Yaris.
E também entraria na briga com Chevrolet Onix e Onix Plus, Hyundai HB20 e HB20S, Ford Ka e Ka Sedan, Fiat Argo e Cronos, Volkswagen Polo e Virtus, entre outros.
Além das atualizações do sedã compacto e do inédito hatch, a Honda também registrou a nova geração do Fit, que estava prevista para estrear no país ainda em 2020.
Com os efeitos da pandemia do coronavírus, a montadora pode alterar esse cronograma. As fábricas de Sumaré e Itirapina, no interior paulista, ainda não voltaram à produção, o que deve ocorrer só em junho.
City hatch e sedã ficarão abaixo do Fit em preço
A linha City ficaria posicionada abaixo do Fit em termos de preço, uma vez que monovolume ficou bem mais sofisticado que a linha atual e evoluiu na construção.
Ele vem equipado com painel digital, freio de estacionamento eletrônico e recursos tecnológicos de auxílio à condução, além de estrear a opção da motorização híbrida.
Assim, a linha City assumiria a porta de entrada da montadora no Brasil, com uma entrega de conteúdo e acabamento mais simples que a do Fit, contudo superior a atual linha.
Novo City com motor turbo?
O City já foi apresentado na Ásia no ano passado. Ele exibe a mesma linguagem visual de Civic e do Accord, com luzes em led e caimento do teto que lembra o estilo cupê.
A terceira geração do sedã está mais espaçosa na cabine e vem com a nova central multimídia de 8 polegadas, com conectividade Apple CarPlay e Android Auto.
A expectativa é que use o novo motor 1.0 turbo de Honda, de 3 cilindros, que deve lançado em solo nacional pelo Fit. Lá fora, ele rende 122 cv e 17,6 kgfm de torque na gasolina. Números que vão aumentar com o etanol na tecnologia flexível
No City, se vier, será para a inédita versão topode linha Touring. As demais configurações adotariam o novo 1.5 aspirado, mais moderno que o 1.5 atual, como já vai acontecer no mercado indiano. O propulsor oferece maior potência e menor consumo.
Os dados de desempenho não foram revelados, mas serão superiores aos 116 cv e 15,6 kgfm de torque no City vendido atualmente. O câmbio manual de 5 marchas e o automático do tipo CVT devem permanecer.
Fit aventureiro pode aposentar o WR-V
Resta saber como ficaria o Fit em relação ao WR-V, já que ocupariam praticamente a mesma prateleira.
O pedido no INPI mostra, por ora, a versão aventureira Crosstar do Fit, com uma grade dianteira maior, suspensão elevada, barra de tetos e apliques plásticos nos para-lamas e lateral.
Ou seja, pode ser um indício que o WR-V pode ter subido no telhado, já que é tido como uma opção aventureira ao Fit e nem sequer se cogita estrear uma nova geração em breve.
É claro que o Fit terá as versões com aparência urbana, sem os apliques. E ainda entregará sua melhor característica: o sistema de bancos modulares.
O modelo ganha também nova central multimídia e o pacote de segurança ativa Honda Sensing, com frenagem autônoma de emergência e controle de velocidade adaptativo – itens que ainda não estão certos para o Brasil.
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