Avaliação: Fiat Toro 2.0 diesel Volcano em detalhes
- Renyere Trovão
- 11 de fevereiro de 2020
Lançada em 2016, a Fiat Toro virou um fenômeno de vendas. Reflexo do seu design inovador e, principalmente, da sua proposta versátil tanto para a cidade quanto o fora de estrada.
Conquistou um público cativo pelo fato de oferecer mais capacidade que uma picape compacta e de ter um uso menos “brutamontes” que um modelo de porte médio.
A Fiat Toro é a segunda em vendas no segmento de caçamba, atrás apenas da irmã menor Strada. E, atualmente, não tem um rival direto na categoria intermediária.
A Renault Oroch, além de ser menor um pouco menor, já se distanciou no preço – a topo de linha da concorrente custa bem menos que a mais básica da Toro.
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O TrovãoMotor.com avaliou a versão Volcano 2.0 turbodiesel 4×4, de 170 cv. É uma das configurações mais procuradas pelo consumidor, inclusive por aqueles que vivem com frequência nas áreas rurais do país.
E você confere abaixo a nossa impressão. Atribuímos notas de 1 a 5 nos principais quesitos avaliados, representadas pela nossa logomarca com o raio estilizado.
Fiat Toro exibe design inovador e inconfundível
Mesmo no mercado há quase cinco anos e com um retoque pontual em 2019, a Toro continua exibindo um aparência ousada e única no mercado.
O conjunto ótico dividido em três seções virou a marca registrada da picape, com uma fina lente espichada que acomoda a luz diurna em led (DRL) na parte superior.
A Toro ganhou um aplique em plástico durio sobre o para-choque dianteiro, chamado pela marca de “overbump”.
Ele simula um quebra-mato e a mexida sutil visa dar um fôlego no visual da picape antes da primeira grande atualização, prevista para 2021.
A aparência traz ainda detalhes cromados no nicho da luz de neblina, em frisos da grade frontal, além da barra que une o DRL e ostenta a logo Fiat.
Outras características marcantes no modelo é a linha de cintura alta, as lanternas em led que avançam pela lateral na porção mais fina e a abertura bipartida (para os lados) da tampa da caçamba.
A inconfundível luz diurna em led cria um efeito interessante que lembra um olho, especialmente à noite.
Partida remota e 7 airbags
A Volcano foi por um tempo a versão topo de linha da Fiat Toro, mas hoje já superada no portfólio pela Ultra (com capota marítima rígida) e a Ranch (com acessórios fora de estrada).
Mesmo assim continua a entregar um bom nível de equipamentos, compatível com o preço de R$ 163 mil.
Vale uma menção para ajuste elétrico do banco do motorista, com oito diferentes posições reguláveis. Isso ajuda a encontrar a melhor acomodação rapidamente.
E ainda para a partida remota do motor pela chave a uma distância de até 50 metros. Isso aciona também o ar-condicionado, uma comodidade útil em dias quentes.
Principais itens de série:
- direção elétrica.
- chave inteligente com opção de partida remota do motor.
- banco do motorista tem ajustes elétricos, incluindo o lombar.
- 7 airbags.
- indicador de pressão dos pneus.
- iluminação em led da caçamba.
- sensores de luminosidade e chuva.
- luz diurna (DRL).
- retrovisor interno antiofuscante.
- abertura e partida do veículo sem chave.
- ar-condicionado digital de dupla zona.
- saída USB para banco traseiro.
- rodas de liga leve aro 18.
- retrovisores com rebatimento elétrico.
- sistema multimídia com câmera de ré.
- sensor de estacionamento traseiro.
- assistentes de partida e descida em rampa.
- barras de teto longitudinais com acabamento cinza.
- faróis de neblina com função cornering (acendem automaticamente quando se faz uma curva em baixa velocidade para o lado que se vira o volante).
Partida remota do motor pela chave, que liga também o ar-condicionado para refrigerar o ambiente antes de entrar no veículo.
ATUALIZAÇÃO
A linha 2021 da Toro ganhou novos esquipamentos, anunciados em junho, ou seja, após a realização dessa análise.
Novidades: nova central multimídia UConnect 7”, com Apple Carplay e Android Auto e projeção sem cabo (wireless), além de HD interno de 16 Gb; e bancos em couro.
Fiat Toro é SUV com pele de picape
O motor 2.0 turbodiesel, de 170 cv e 35,7 kgfm de torque, é gerenciado pelo câmbio automático de 9 velocidades. E mesmo com força máxima já disponível a baixos 1.750 rpm, a arrancada não é imediata
Parte culpa do conhecido turbo lag, que cria um ligeiro retardo na aceleração para acumular pressão na turbina, parte pelo peso de 1.871 kg da picape.
Porém, assim que passa dos 2 mil giros a Fiat Toro ganha velocidade rapidamente – com potência máxima a 3.750 rpm. Tanto que o zero a 100 km/h ocorre em apenas 10 segundos.
Na verdade, o comportamento da Toro é de um utilitário esportivo – ela usa a mesma arquitetura do Jeep Renegade.
E só percebemos que estamos dirigindo um veículo que pode transportar 1 tonelada de carga quando olhamos no retrovisor e vemos a caçamba.
A digiribilidade é a mesma, seja com o compartimento traseiro vazia ou cheio. Já em picapes maiores, a caçamba vazia pode afetar a estabilidade, principalmente em altas velocidades.
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Confortável no asfalto e na terra
A picape possui um conjunto de suspensão que filtra bem as imperfeições do piso e a mantém estável em curvas. Os trancos comuns na terra são suavizados pela suspensão multilink (multibraço) na traseira.
Quem gosta de encarar terrenos mais hostis tem à disposição a tração integral (com opção de 4×4 reduzida). Ela permite encarar cenários rochosos e até dunas de areia e atua sob demanda. Basta acionar o botão giratório no console.
Consumo e direção elétrica
O câmbio automático de 9 marchas ajuda no consumo e faz trocas suaves. Os números que registramos em nossa avaliação do motor 2.0 turbodiesel são interessantes, considerando o porte da picape.
Ambiente | Consumo |
---|---|
Cidade | 9,8 km/l |
Estrada | 12,6 km/l |
O motorista que prefere trocas manuais, pode usar as mudanças sequenciais por aletas (borboletas) atrás volante.
A direção elétrica auxilia na manobra, deixando o volante bem levinho. Facilita na hora de estacionar numa garagem ou vaga apertada, por exemplo.
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Poderia ser ainda melhor, não fosse o diâmetro de giro grande da Fiat Toro, comprometendo um pouco a agilidade e o bônus de ter um porte intermediário
No entanto, o sistema progressivo, que enrijece a direção à medida que se ganha velocidade, não consegue deixar as respostas tão diretas nas ultrapassagens e desvios emergências na pista.
O motor 2.0 turbodiesel é vigoroso. São 170 cv e 35,7 kgfm de torque.
O diâmetro de giro da Toro é grande, o que prejudica as manobras em locais apertados.
Caçamba alta leva carga maiores
A Toro acomoda confortavelmente quatro passageiros. Uma quinta pessoa no assento central terá a perna espremida pelo alto console central bastante projetado para trás.
Além da presença do encosto com porta-objetos rebatível, que gera um desconforto para as costas.
Fora isso, picape vei bem no quesito. A caçamba pode levar 843 litros de bagagem, inclusive cargas maiores com a capota marítima fechada, graças às extremidades mais altas.
Tampa da caçamba bipartida
Também que podem ser colocadas ou retiradas com facilidade devido à abertura bipartida da tampa. A solução prática faz com que usuário alcance coisas que ficam mais lá no fundo sem precisar subir na caçamba.
Ele ainda tem o auxílio da iluminação em led para enxergar a bagagem à noite. O dispositivo está localizado no centro da peça que se liga às barras longitudinais.
Tampa da caçamba bipartida é única no segmento e facilita o manuseio de cargas e bagagens.
O console central traz apenas um diminuto porta-treco. A saída é recorrer ao porta-objeto que se abre no apoio de braço.
Quadro de instrumento com alto definição
A cabine da Toro lembra muita coisa do Renegade. E tem um acabamento de boa qualidade, com tapetes acarpetados, plástico de boa qualidade no painel e o tecido que forra o teto transmite sofisticação.
O ambiente é valorizado pela inscrição “Toro” em marrom no encosto e na costura dos bancos em couro. O mesmo tom que cobre os puxadores da porta e os nichos do multimídia e das saídas de ventilação.
Tela de alta definição
O quadro de instrumentos traz ao centro o display digital colorido de alta definição com 7 polegadas.
É muito bonito visualmente e exibe velocímetro digital, computador de bordo, informações do veículo (como a pressão dos pneus), áudio e configurações.
Dois canhões laterais acomodam os mostradores digitais (velocímetro e conta-giros).
Porta-óculos é um mimo que muitos motoristas curtem, especialmente quem é picapeiro.
O imenso puxador de porta projetado é um convite para esbarrões frequentes do joelho.
Fiat Toro vale pelo estilo e boa condução
A Toro é um boa alternativa para quem deseja uma picape, mas não encontrava espaço suficiente para levar quatro pessoas ou na vaga da garagem
É claro que o preço da Volcano pesa no bolso e dá até para levar opções maiores por valores parecidos.
Por exemplo, a Chevrolet S10 LTZ 2.5 flex 4×4, de 206 cv, sai por R$ 156,7 mil. Já a Ford Ranger Storm 3.2 turbodiesel 4×4, de 200 cv, custa R$ 166 mil.
Aí é questão mais de garagem e também de estilo, além do conforto de utilitário oferecido pela picape intermediária.
Além disso, a Toro entrega bons itens de série e desempenho, seja no asfalto ou fora dele.
Fotos: Renyere Trovão/ TrovãoMotor.com
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