Stock Car 2020 já começa a acelerar com duelo de Corolla e Cruze “de rua”
- Renyere Trovão
- 28 de fevereiro de 2020
Após quatro anos, a Stock Car volta a ter mais uma fabricante no grid de largada. A Toyota faz a sua estreia na categoria para duelar com a Chevrolet. E a briga será entre Corolla e Cruze ao longo de 12 corridas na temporada, que começa no próximo dia 29 de março, em Goiânia.
Outra importante novidade é a volta da carroceria monobloco depois de 21 anos – o Chevrolet Omega foi o último a usar em 1999. Ela aposenta a chassi tubular do tipo bolha. Isso significa que os carros nas pistas usarão as mesmas carrocerias dos modelos de rua.
É claro que a dupla recebeu uma preparação de corrida, com modificações mecânicas e estruturais e também manteve a gaiola de competição.
Corolla e Cruze terão motores próprios
No formato anterior era usado uma bolha de fibra sobre o chassi tubular. Mesmo na fase “multimarcas” da Stock, o que mudava era somente essa casca de plástico.
Já teve Peugeot 408, Mitsubishi Lancer e Volkswagen Bora, porém só na carenagem. Por baixo, o mesmo protótipo de corrida.
Agora, não. A preparação fica sob responsabilidade das fabricantes. Tanto que o Corolla da Stock tem a assinatura da Gazoo Racing, braço da Toyota que desenvolve os carros da marca para competir mundo afora.
A Toyota Motor Sport, da Argentina, estará no comando do time nipônico. Ela até trouxe o piloto argentino Matias Rossi para correr ao lado de Rubens Barrichello, Nelsinho Piquet e Rafael Suzuki na equipe Full Time.
Cada marca usará seu próprio bloco de motor. Ou seja, Corolla com bloco Toyota, e Cruze, com Chevrolet. A única exigência é que tenham a mesma especificação V8 6.8 litros, movidos a etanol. E que despejem 460 cv e 61,2 kgfm.
Com o botão de ultrapassagem acionado (o “push to pass”), a potência alcança 550 cv e o torque, 71,4 kgfm. O câmbio será sequencial e automatizado de dupla embreagem com seis marchas, com as trocas manuais por borboletas atrás do volante.
Carros mais ágeis nas curvas
Os sedãs manterão a mesma suspensão usada no ano passado, no entanto a distância do entre-eixos foi reduzida de 2,80 m para 2,74 m (nos exemplares de rua é de 2,70 m).
Segundo a organização a mudança deixará o carro mais ágil nas curvas, mas ele ficará ligeiramente menos estável em alta velocidade. Ou seja, o piloto precisará de “mais braço” para controlar o veículo nessa situação.
Os primeiros testes com os novos modelos monoblocos foram realizados na sexta-feira passada (29 de fevereiro), no autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu (SP).
O piloto Ingo Hoffmann, 12 vezes campeão na Stock Car, foi um dos escolhidos para acelerar as novidades. Os pilotos Vitor Genz e Beto Monteiro também foram convidados pela organização. Confira o vídeo dos primeiros testes.
“Tanto o novo Corolla quanto o novo Cruze estão muito bem nascidos. São carros de competição de alto nível e vão ser protagonistas de uma grande temporada. São muito potentes, têm um som incrível e já estão próximos do acerto para serem rápidos nas curvas ”
Vitor Genz, piloto que competiu na Stock Car entre 2013 e 2018 e participou dos primeiros testes de 2020 no autódromo de Velo Città, em Mogi Guaçu (SP).
A primeira das 12 corridas ocorre em Goiânia (GO), com a tradicional Corrida das Duplas, no qual os participantes do Campeonato Brasileiro de Stock Car dividem o cockpit com pilotos convidados.
São 40 anos de Stock Car no Brasil. E em apenas 13 temporadas (1979-1986 e 1994-1999), a categoria usou carros iguais aos de rua para competir, devidamente preparados.
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