Dia Mundial: Kombi faz 70 anos com festa gratuita para expositor e público
- Renyere Trovão
- 20 de fevereiro de 2020
No próximo dia 8 de março a Kombi vai completar 70 anos desde que a primeira unidade saiu da linha de produção na Alemanha em 1950. E para comemorar a data especial, Curitiba recebe mais uma edição do Dia Mundial da Kombi (DMK).
O evento será realizado em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, das 9h às 17h30, com acesso gratuito a expositores e público. A organização é do Kombi Clube Curitiba (KCC).
A exposição será dividida em cinco áreas previamente demarcadas. A de maior destaque, destinada a 70 exemplares do icônico modelo, exige que a vaga seja assegurada via inscrição pelo e-mail kombiclubecuritiba@gmail.com. Basta fornecer o nome do condutor, ano e placa do veículo e número do celular.
As vagas para a mostra principal serão distribuídas da seguinte forma:
- 30 Kombis Corujinhas
- 15 Clippers
- 13 com motor flex
- 12 edições especiais (sendo 3 Carat, 3 Edição 50 anos, 3 Série Prata e 3 Last Edition)
VÍDEO: COMO FOI O DMK 2020 EM CURITIBA
Doação de 1 litro de leite
Haverá também uma outra área específica para Kombis aos inscritos excedentes ao limite da primeira exposição.
Há ainda mais dois espaços sem a exigência da inscrição e que também vão acomodar modelos antigos da Volkswagen, como Fusca, Brasília, SP2 e Variant, por exemplo.
A única exigência é que os participantes levem no DMK 1 litro de leite UHT (de caixinha) para doação a entidades carentes.
Já o público terá um estacionamento próprio na entrada da Praça Nossa Senhora do Salete, sem custo algum.
A Kombi é o modelo de maior longevidade na história da indústria automotiva mundial e acumulou mais de 1,5 milhão de unidades produzidas até 2013, quando se despediu no Brasil.
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A história resumida da Kombi
- Nome Kombi – é um apelido dado no Brasil para o nome do utilitário em alemão: Kombinationsfahrzeug. Significa “veículo combinado” ou “veículo multiuso”.
- Aliás, o modelo recebeu vários apelidos mundo afora: Velha Senhora (Brasil), Vee Dub e Hippie Van (EUA) e Pão de Forma (Portugal).
- Holandês Ben Pon criou os primeiros esboços em 1947, numa caderneta de anotações. A ideia era um veículo leve, com o conjunto mecânico do Fusca.
- É um dos primeiros veículos com carroceria monobloco e estilo “quadrado redondo”. O projeto Type 2 (o Fusca era o Type 1) foi chamado de Transporter , com versões Kastenwagen (furgão) e Microbus (com bancos).
- 8 de março de 1950 – primeiras unidades saem da fábrica da Volks na Alemanha. Lançamento oficial ocorrem no Salão de Frankfurt, em 1951.
- Em 1953 começa a ser montada no Brasil pela Brasmotor, em regime CKD (as unidades vinham em peças importadas da Alemanha).
- A produção brasileira começou em 2 de setembro de 1957, na fábrica da Volkswagen de São Bernardo do Campo (SP). Tinha 50% de nacionalização e foi o primeiro Volkswagen feito no país. A Kombi usava motor traseiro a ar de 1.192 cm³ e 30 cavalos.
- A primeira geração foi apelidada no Brasil de “Corujinha” – devido a dianteira com os dois faróis redondos e o vinco em forma de V, que lembravam a face de uma coruja. Foi fabricada em solo nacional de 1957 a 1976.
- A perua dividia a produção com o Fusca em SBC. Na foto abaixo, a Volks celebra o veículo de número 50 mil da planta paulista.
- Em 1961 ganha a versão 6 portas, que é peça rara de colecionadores nos dias de hoje. À época fez sucesso como táxi, lotação e transfer de hotel.
- Reconhecida pela versatilidade na aplicação e diferentes categorias, a Kombi foi furgão, picape de carga, van de transporte de passageiros e até trailer (Mobil Safari), montado pela Karmann Ghia no anos 70.
- Em 1976 houve a primeira atualização da Kombi, feita só no Brasil e que passou a diferencia-la do restante do mundo. Mesclou a linha europeia com a brasileira e ficou conhecida como Clipper.
Também estreou o novo motor 1.6, de 58 cv, ainda refrigerado a ar, além de extintor de incêndio e cinto de segurança. O visual seguiu em linha até 2000.
- Em 1997, finalmente, as portas corrediças estreiam na Kombi nacional. Um depois surge a versão Carat, com itens exclusivos, como bancos de veludo, interior forrado e 7 lugares. Era chamada também de Kombi de luxo.
- A Kombi com motor a ar saiu de cena em 2005. Em homenagem, foi lançada a Série Prata, com apenas 200 unidades, todas na cor prata, com diversos itens exclusivos.
- A partir de 2006 a Kombi adota o motor 1.4 flex 1.4, de 78/80 cv (gasolina/etanol), refrigerado a água, do Fox europeu. Com isso, retomou a grade para refrigeração do radiador da Kombi de 1981.
- O veterano modelo vira cinquentão em 2007. A Volks celebra o aniversário especial com a Edição 50 anos. A produção teve lote limitado a 50 unidades, com pintura exclusiva branca e vermelha. É uma das versões mais raras já lançadas.
- A fábrica de SBC comemora em 2011 a marca de 1.560.000 de exemplares da Kombi produzidos. Mas a celebração teve um ligeiro gosto amargo, pois já se sabia que a minivan deixaria de ser produzida dois anos mais tarde com a aprovação da lei que obrigaria o uso de airbags e freios ABS.
- A versão The Last Edition marca em 2013 a aposentadoria da Kombi – com 56 anos de Brasil. A versão derradeira teve 1.200 unidades produzidas, todas com número de identificação no painel. O valor pedido em agosto de 2013 era de R$ 85 mil. Destaque para a pintura retrô (branca e azul de época) e pneus com borda branca.
- No mercado estrangeiro, a Kombi ainda sobrevive com o nome de Transporter. Está na sexta geração e é uma van sofisticada, com faróis em led, aquecimento de bancos e opção de motores a diesel.
Cada geração é chamada, respectivamente, de T1 (à esquerda na foto), T2, T3, T4, T5 e T6 (à direita). Apenas os modelos T1 (Corujinha) e T2 (Clipper) foram feitas no Brasil.
- Mas a Kombi voltará, com previsão de estrear também no Brasil em 2023. Chamada de I.D. Buzz, será uma versão futurista do modelo, com motor elétrico de 370 cv. Faria parte do plano de eletrificação no país anunciado pela VW.
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