VW Virtus GTS chega com preço de Jetta para atrair entusiastas
- Renyere Trovão
- 19 de fevereiro de 2020
Após lançar o Polo GTS em janeiro, a Volkswagen agora estreia o Virtus GTS, primeiro sedã da marca a ostentar a sigla esportiva, consagrada nos anos 1980 por Gol e Passat.
As três letras que significam Gran Turismo Sport ainda mexem com o imaginário de entusiastas e é aí que montadora espera atrair clientes dispostos a pagar iniciais R$ 104.940 pela novidade.
A etiqueta está mais salgada que a versão de entrada 250 TSI do Jetta (R$ 99.990), que utiliza o mesmo motor 1.4 TSI turbo, de 150 cv e 25,5 kgfm de torque, e o câmbio automático de 6 marchas. São 22 cv e 5,1 kgfm a mais que o Virtus 1.0 TSI turboflex.
Pesando menos, o Virtus GTS (1.255 kg) até consegue ser mais rápido que o irmão, cumprindo o zero a 100 km/h em 8,7 segundos, contra 8,9 s do Jetta (1.331 kg). E ambos atingem 210 km/h de velocidade máxima.
Além do conjunto mecânico, a dupla tem em comum os faróis em full led.
Nas dimensões, o sedã com mais tempo de casa é bem maior no comprimento, 4,70 m x 4,48 m, mas também leva vantagem no entre-eixos (leia-se espaço interno), 2,69 m x 2,65 m.
Curiosamente, no porta-malas do Virtus cabe mais bagagem. São 521 litros ante os 510 l do Jetta.
Quando o assunto é consumo, há um empate técnico:
Modelo | Cidade (etanol/ gasolina) | Estrada (etanol/ gasolina) |
Virtus | 7,6/ 11,1 km/l | 9,8/ 14,0 km/l |
Jetta | 7,4/ 10,9 km/l | 9,6/ 14,0 km/l |
Virtus GTS |
Motor: 1.4 TSI, de 150 cv e 25,5 kgfm Câmbio: automático de 6 marchas Comprimento/ entre-eixos: 4,48/ 2,65 m Porta-malas: 521 litros Peso: 1.255 kg 0 a 100 km/h: 8,7 segundos Velocidade máxima: 210 km/h Tanque de combustível: 52 litros Preço: R$ 104.940 |
Jetta 250 TSI |
Motor: 1.4 TSI, de 150 cv e 25,5 kgfm Câmbio: automático de 6 marchas Comprimento/ entre-eixos: 4,70/ 2,69 m Porta-malas: 510 litros Peso: 1.331 kg 0 a 100 km/h: 8,9 segundos Velocidade máxima: 210 km/h Tanque de combustível: 50 litros Preço: R$ 99.990 |
Jetta fica mais caro para evitar duelo caseiro
Há um único pacote opcional no sedã apimentado, idêntico ao do Polo GTS. Ele custa R$ 2.160 e agrega sistema de som Beats, com 4 alto falantes, 2 tweeters, amplificador e subwoofer; rede para segurar objetos; e assoalho regulável para o compartimento.
Acrescentando esses acessórios e mais a pintura metálica (R$ 1.570), o Virtus GTS chega a R$ 108.670. Seria apenas R$ 2 mil a menos que o Jetta 1.4 Comfortline, que até o início da semana custava R$ 109.990.
Custava. A Volkswagen tratou de subir a tabela de quase toda a linha do sedã médio – menos da versão de entrada – para evitar um duelo caseiro.
E foi justamente a Comfortline a que mais inflacionou. Encareceu R$ 5 mil e passou para R$ 114.990. O Jetta R-Line pulou de R$ 119.990 para R$ 121.990, enquanto a topo de linha GLi saiu de R$ 144.990 para R$ 147.990 – lembrando que nesta configuração o motor é o 2.0 TSI turbo, de 230 cv.
Visual esportivo exclusivo
A dianteira do Virtus é igual a do Polo GTS, com para-choques exclusivos e um friso vermelho cortando a grade com emblema “GTS” e ligando os faróis. É o mesmo recurso usado no Polo GTI europeu.
No pacote de itens exclusivos do lado de fora ainda estão rodas aro 17 diamantadas, retrovisores em preto brilhante e lanternas escurecidas – não trazem iluminação em led como no Polo.
A traseira exibe também o logotipo “GTS” no lugar do nome Virtus e aplique preto no discreto spoiler, no topo da tampa do porta-malas.
Detalhes vermelhos e ronco mais grosso
O interior é dominado pela cor preta, com detalhes em vermelho nas saídas de ar, no câmbio e nas costuras de bancos e volante.
Os assentos dianteiros trazem encosto integrado e abas laterais que abraçam os ocupantes.
Para valorizar a proposta esportiva do carro, a central multimídia traz o monitor de desempenho com relógios que mostram a pressão do turbo, força G e potência instantânea, além de um cronômetro.
Também há quatro modos de condução: Normal, Eco, Individual (pode ser configurado pelo condutor) e Sport.
Este último deixa o sedã mais arisco, com as trocas das marchas ocorrendo em alta rotação e o volante mais rígido. O ronco engrossa, mas sai do sistema de som, e não do motor (amplificado eletronicamente).
A lista de itens de série inclui:
- faróis full led;
- quadro de instrumentos digital com iluminação vermelha;
- seletor de modos de condução;
- controle de estabilidade;
- assistente de partida em rampa;
- partida por botão e abertura e fechamento das portas sem a chave;
- sensores de estacionamento dianteiros e traseiros;
- câmera de ré;
- frenagem automática pós-colisão;
- bloqueio eletrônico do diferencial;
- ar-condicionado automático e digital;
- bancos em couro sintético na cor cinza e com costuras vermelhas;
- pedaleiras de alumínio;
- central multimídia Discovery Media com conectividade Android Auto e Apple Carplay;
- sensores de chuva e crepuscular;
- start/stop (desliga e liga o motor automaticamente em paradas rápidas).
Pelo preço acima dos R$ 100 mil, faltam alguns equipamentos importantes, como Virtus airbags de cortina e controle de cruzeiro adaptativo. Nem mesmo um teto solar, item desejado pelos compradores de modelos esportivos.
São cinco as opções de cores: preto, branco, prata, cinza e azul Biscay – essa disponível apenas para a linha GTS.
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