Líder no Brasil em exportações, Volkswagen dribla crise com novos mercados

Líder no Brasil em exportações, Volkswagen dribla crise com novos mercados

A Volkswagen manteve em 2019 a liderança de exportações de automóveis e comerciais leves entre as montadoras com fábrica no Brasil. A empresa alemã foi responsável por 25% do total de veículos que deixaram o país rumo ao mercado externo.

Em novembro passado a VW ultrapassou a marca de 4 milhões de unidades exportadas desde fevereiro de 1970, com destino a 147 países. Atualmente, atende 18 mercados diferentes da América do Sul, Central e Caribe, com destaque para Colômbia, Chile, Peru e Uruguai, para onde são enviados os modelos T‑Cross, Polo, Virtus, Gol, Voyage, Saveiro, up! e Fox.

Volkswagen T-Cross estreou em 2019 e já exportou mais de 16 mil unidades. Foto: Volkswagen/ Divulgação

A forte queda nas exportações em 2019, impactada pela crise na Argentina e que encolheram 31,9% em relação ao ano anterior, forçou a indústria automotiva a encontrar alternativas para desafogar os pátios cheios.

“Vivemos um momento desafiador com relação a exportações. Adotamos estratégias para conquistar novos mercados e iniciamos, em 2019, o envio do Virtus e T‑Cross para o México e da Saveiro para o Peru”, destaca Pablo Di Si, Presidente e CEO da Volkswagen América Latina. 

Segundo o executivo, o objetivo é ampliar ainda a presença da VW em outros países em 2020, “consolidando nosso perfil exportador”, enfatiza.

Gol é o líder de exportação

O veterano Gol continua forte no mercado interno e externo. Foto: Volkswagen/ Divulgação

Gol, T‑Cross e Virtus foram os modelos mais exportados pela Volks no ano passado. O veterano hatch puxa a fila com mais de 30 mil unidades enviadas de janeiro a novembro, para nove mercados.

Já o sedã vem em seguida, vendido em 10 países e com 13,5 mil unidades embarcadas. Lançado em 2019, o T‑Cross contabilizou mais de 16 mil unidades para 10 países. O SUV é feito em São José dos Pinhais (PR).

Historicamente o Gol é o modelo mais exportado da Volkswagen do Brasil superando a marca de 1,5 milhão de exemplares, seguido por Voyage com mais de 479 mil e pelo Fox, com mais de 471 mil.

A partir de 2020, a marca também incluirá no pacote de exportação o inédito SUV cupê Nivus, ainda sem data prevista de lançamento. O projeto foi 100% concebido por designers e engenheiros brasileiros.

Ele será feito na unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), e também sairá de uma linha de montagem na Europa.

“Mais do que um carro com enorme perfil de exportação, é a primeira vez que exportamos um projeto criado aqui. Ou seja: além de veículos, estamos exportando também a inteligência”, diz Pablo Di Si, em entrevista ao site Automotive Business.

Kombi e Variant foram os pioneiros

Foto: Volkswagen/ Divulgação

As exportações da Volkswagen do Brasil começaram em 1970, quando 13 unidades dos modelos Kombi e Variant seguiram para o México e países da América do Sul.

Em 1972 o volume chegou a 7,2 mil unidades, o que a fez a montadora começar a investir pesado nas exportações.

Um dos maiores contratos nesta área foi com o Iraque, destino de 170 mil unidades do Passat, de 1983 a 1988.

Foto: Volkswagen/ Divulgação

Já o ano de 2005 registra o ápice da exportação, com a abertura dos mercados da África e Oriente Médio. Os produtos do braço brasileiro da VW seguiram para quatro continentes: Europa, África, Ásia e Américas.

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