Piloto de drift acelera de bike e até na limpeza de casa à espera do Brasileiro

Piloto de drift acelera de bike e até na limpeza de casa à espera do Brasileiro

A pandemia do novo coronavírus tem desafiado muitas atletas a manterem a forma física e a técnica enquanto aguardam o retorno das competições no Brasil. É o caso do baiano Francisco Horne, que disputa a modalidade de drift, umas das mais radicais do automobilismo mundial.

O calendário de provas da temporada 2020 ainda permanece indefinido. Nem por isso, o piloto deixa de acelerar. Ao menos nas sessões de malhação, pedaladas com a bike e, especialmente, na limpeza doméstica – ele é casado e pai de um casal de filhos.

Reconhecido por sua tocada ousada, Chico Horne, como é chamado, fez cursos de pilotagem da Porsche nos Estados Unidos e conquistou um lugar no cockpit de um dos carros da equipe brasiliense BSB Drift, do experiente piloto Hélio Fausto.

Chico Horne, piloto baiano de drift
Foto: Divulgação

Piloto de drift ao volante de uma BMW

A bordo de um BMW E36 Turbo, ele vai competir nas provas dos dois principais campeonatos nacionais, o Drift Ultimate e Super Drift Brasil.

“Estava tudo preparado, mas o Covid-19 adiou”, explica o piloto, que aproveitou o distanciamento social para mudar sua alimentação e focar nos exercícios físicos, conseguindo enxugar 5 kg em menos de um mês.

A dieta deve facilitar a vida do baiano na hora de realizar as manobras sob fortes temperaturas dentro do veículo.

O drift, que ficou popularmente conhecido nos filmes Velozes e Furiosos, utiliza a técnica na qual o carro derrapa de lado  nas curvas, queimando muita borracha.

Único representante da região Nordeste nos campeonatos de drift, ele vai brigar com competidores experientes, como é o caso de Diego Higa (SP), multicampeão brasileiro da modalidade.

Fui buscar a melhor equipe para andar num carro preparado. Vou entrar nas provas para participar, mas quero mesmo é ganhar.

Chico Horne, piloto baiano de drift.

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Chico Horne, piloto baiano de drift
Foto: Divulgação

Habilidade começou num Fusca

A habilidade e precisão nas manobras de Chico vêm desde da juventude, quando aprendeu a dirigir num VW Fusca. O piloto conta que sempre usou bem as mãos no jogo de marchas e os pés nas acelerações e frenagens.

E aí é que está o segredo do Drift, explica o baiano. “É pé no acelerador e não deixar o carro rodar.”

Além de defender a equipe candanga, o competidor treina com um Nissan 350Z e participa de apresentações na Bahia e outros estados. O carro esportivo japonês que é um dos veículos mais cultuados e apropriados para a modalidade.

Chico Horne, piloto baiano de drift
Foto: Divulgação

Capacete em tons de adrenalina

E Horne não é só a parte física e técnica que estão sendo trabalhados por Horne para o retorno do calendário 2020, previsto para setembro. Ele também mandou fazer um macacão antichamas e capacete reforçado. Tons quentes e número de guerra 48 se destacam nas vestimentas.

Segundo o piloto, a mistura de cores ajuda no equilíbrio emocional e traz adrenalina e alegria. Já o macacão preto contra-incêndio garante a segurança.

Ansioso para a disputa dos dois principais campeonatos do país, ele conta que sempre se inspirou no brasileiro Ayrton Senna e afirma que se espelha no lado competitivo do tricampeão brasileiro de Fórmula 1. ” Se o objetivo é disputar, quero ganhar sempre!”, revela.

Sua BMW já está sendo preparada e ele já mediu direitinho o tamanho do banco, em formato de concha, totalmente travado na estrutura de sobrevivência do carro.

Para chegar ao nível dos melhores pilotos de drift, a ordem é queimar, literalmente, pneus na pista.

“A cada treino simples, ao menos, dois pares de pneus vão embora. Em um campeonato, cada piloto gasta, em média, 10 pares de pneus” conta Horne.

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